O mercado de trabalho não está fácil mesmo e isso não é nenhuma novidade, já faz tempos. Quem ainda não está desempregado na atual conjuntura socioeconômica e política em que vivemos, não está nada tranquilo em seu cargo de trabalho. A qualquer momento, tudo pode mudar.
É triste o tanto que a situação do desemprego é uma reação em cadeia. As demissões em massa prejudicam direta e indiretamente vários negócios e, também, as relações interpessoais. As pessoas ficam menos sociáveis, pois não podem mais gastar dinheiro com encontros com amigos e ex-colegas de trabalho. Elas também ficam mais estressadas, pois cortam grande parte do lazer que tinham antes com a família e amigos, começam a ficar desmotivadas, com a falta de perspectiva de uma possível melhora e muitas ficam deprimidas com toda a situação, formando uma sociedade doente e frustrada.
Pesado isso,né? É a realidade que, ou você já vive/viveu ou poderá viver um dia, infelizmente. É como li num post do LinkedIn Pulse outro dia: “para tornar-se desempregado, basta ter um emprego.” E como uma grande amiga minha, que atua na área de recursos humanos há bastante tempo, me disse (algo que também está escrito nesse mesmo post do LinkedIn): “ninguém é insubstituível”.
Quando se está numa situação como essa, não adianta ficar chorando o leite derramado a vida inteira. A gente tem que se mexer. Claro, você tem todo o direito de ficar triste, chateado, querer chorar, xingar geral, ficar puto da vida mesmo, se questionar…fazer os cambau ahahahah…mas aí, durante essa crise existencial toda, pare e pense assim: até quando vou ficar nessa deprê? E coloque-se um prazo para parar o chororô e se mexer em busca de novas oportunidades.
Uma coisa é preciso ter em mente: novas oportunidades não significam, necessariamente, um novo emprego. Elas podem significar, também, novas possibilidades de trabalho e essas podem ser infinitas, enquanto a situação do país não melhora. O importante é não ficar parado, para não entrar na pilha da deprê e se sentir a pior pessoa do mundo.
Enquanto estiver procurando emprego, ou seja, ativando toda a sua rede de contatos desde o ensino médio à pós-graduação (sério mesmo!), buscando vagas na internet, lendo os posts super úteis do LinkedIn Pulse, atualizando e melhorando o seu currículo em todos os aspectos possíveis (sem contar mentira, né?) e desabafando sobre o quão foda tá essa fase da vida (pois, ninguém é de ferro ), você pode tentar algumas coisas que você já pensou em fazer na vida, mas nunca teve tempo, energia e até mesmo grana (calma que eu chego lá!) para concretizar.
1- Pegar o acerto, vender umas coisas e ir estudar/trabalhar no exterior
É uma alternativa a se considerar quando você é demitido e tem um acerto legal para receber e pode se desfazer de alguns bens que vão lhe trazer despesas, num momento que elas não são bem-vindas como um carro, por exemplo, e poderá investir em conhecimento, algo sempre lucrativo: curso de idiomas ou de especialização em alguma área interessante, ou até mesmo fazer um mochilão por lugares legais, trabalhar temporariamente em alguns deles, juntar mais uma grana…viajar de novo. Imagina o tanto de experiência interessante que se pode ter?
Quando as coisas melhorarem por aqui, você pode voltar e tentar uma vaga de emprego novamente. Sabemos que muitas empresas, no Brasil, dão prioridade, em vagas de emprego, para pessoas que já tiveram experiência no exterior e são fluentes em inglês/espanhol/italiano/francês…Além da fluência em um desses idiomas, você voltará com uma experiência de vida que vai agregar ainda mais valor para sua carreira profissional. Poderá até nem querer procurar um emprego por aqui e, sim, montar seu próprio negócio, mas se não der vontade de voltar pro Brasil, seja feliz onde você estiver…vale também!
2 – Investir parte do seu acerto em algum fundo rentável e reduzir os gastos
Guardar grana é algo muito difícil para muita gente, mas é muito importante para quem sabe que dinheiro na mão é vendaval, ainda mais quando ele tem alguns zerinhos a mais do que você estava acostumado ao final do mês. Para saber melhor sobre investimentos, converse com amigos que já fazem isso há um tempo, com o gerente do seu banco, leia bastante sobre o assunto e reserve uma parte do seu acerto para não ficar na mão. Afinal, nunca se sabe por quanto tempo a situação vai ficar sem uma mudança.
Estar desempregado e cheio de dívidas é algo desaconselhável para todos. Para que elas não cheguem do nada e cresçam a cada dia, o ideal é reduzir seus gastos maiores e depois ir para os menores, caso seja necessário diminuir ainda mais as contas para não ficar no desespero do vermelho.
3 – Tentar algo que sempre quis fazer antes, mas nunca rolou
Visando um futuro mais promissor, mas, também, cheio de desafios, muitos empreendedores começam bons negócios nessa fase. Para não abrir e fechar uma empresa em menos de um ano, algo comum com a maioria das empresas abertas no país, o ideal é buscar orientação do SEBRAE. Além de muita informação relevante, lá é possível tirar todas as dúvidas imagináveis e inimagináveis sobre como abrir um negócio. No site também há muito material bom e gratuito sobre negócios para baixar.
4 – Fazer cursos gratuitos online
Um desempregado tem tempo de sobra para estudar e colocar em dia tudo o que começou a ler e nunca conseguiu terminar sobre assuntos de seu interesse. A internet é uma biblioteca sem fim com diversos sites/blogs com conteúdos super relevantes sobre as mais diversas áreas.
Aproveite seu tempo para estudar negócios, empreendedorismo, marketing digital, inbound marketing, marketing de conteúdo, marketing de relacionamento, fotografia, artesanato, enfim….muita coisa que você pode aprender de graça e desenvolver mais ainda seu potencial e as chances de arrumar um novo emprego.
5- Fazer atividade física, meditação e uma reeducação alimentar
Sabe aquela frase “mente sã corpo são”? Pois é! Aproveite seu tempo para cuidar da sua saúde, seja meditando, fazendo caminhada, correndo e comendo melhor. Faça também check ups médicos. Não deixe o desânimo tomar conta e deixar você só dentro de casa, parado. Mexa-se que o mundo também vai se mexer à sua volta!
Esse post foi escrito por alguém que já viveu o desemprego por 3 vezes e teve que recomeçar em todas elas. É difícil, mas a vida continua! – Viviane Lacerda
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